Avaliação Pedagógica
Alunos com queixas de dificuldades de aprendizagem e/ou comportamento são
encaminhados á Equipe Multidisciplinar.
Todos os aspectos que, o pedagogo ou psicopedagogo, vão ser observados
e avaliados visam obter uma hipótese diagnóstica de dificuldades naturais,
evolutivas e transitórias.
Em situações mais acentuadas o relatório da avaliação é encaminhado a uma
investigação mais específica que deverá passar por vários outros profissionais,
inclusive da saúde.
No processo avaliativo há fatores primordiais que direcionam ao diagnóstico.
Sabe-se que há um consenso sobre a importância da anamnese que direciona
grande parte de um diagnóstico, tanto pedagógico quanto médico, de uma criança
em situações de dificuldades de aprendizagem. Veja sobreanamnese
Em transtornos de aprendizagem e comportamento, o processo de
avaliação é bastante artesanal, pois vai depender não somente de uma
anamnese completa, da observação do professor, das aquisições pedagógicas
(após serem descartadas características sindrômicas), de determinados
aspectos do desenvolvimento global da criança dentro da sua faixa etária.
Levando-se em conta que
“é o desempenho de um momento da criança
que está em pleno processo de desenvolvimento neuropsicomotor,
capaz de sofrer alterações que dependem de estruturas que estão,
também, em ativa evolução.”
(Rotta, Ohlweiler, Riesgo- p.70 -2007).
Fatores Importantes na Avaliação Pedagógica
Aparência
É importante observar no aluno que está sendo avaliado: o modo de andar,
postura, roupas, adornos, higiene pessoal, atitude (amigável ou hostil),
alinhamento dos cabelos, humor ou afeto predominante, sinais de deformidades
importantes, idade aparente, expressões faciais e o contato visual.
Recomenda-se que se faça anotações de uma descrição detalhada para
que se possa traçar um paralelo entre a criança em avaliação e as crianças de
sua idade, assim como checar com a anamnese com relatos de sua história
de vida. Por exemplo, pouco contato visual pode indicar timidez,
ansiedade ou dificuldades de relacionamento. Uma criança que esteja
passando por um grande sofrimento, estar em depressão,
pode apresentar uma fisionomia triste afetivo e idade maior do que a real...
tudo tem influência na situação de queixa de dificuldades de aprendizagem
de um momento
que esteja passando ou algum tipo de transtorno específico.
Atividade Psicomotora e Comportamento
O comportamento motor da criança, durante a entrevista,
como caminhar de um lado para outro sem conseguir ficar quieto,
rabiscar, balançar os pés,cruzar e descruzar as pernas, roer unhas,
ficar enrolando o cabelo... ou ainda
permanecer muito quieto, na mesma posição por um longo tempo que
acompanham um retardamento, aceleração ou um meio termo, na fala e
no curso dos pensamentos, vão demonstrar um padrão de
comportamento condizente ou não com as queixas apresentadas e avaliadas.
Linguagem
Conversando com a criança, permitindo que ela se expresse
livremente para que se possa observar aspectos perceptivos
e aspectos expressivos da linguagem, assim como a dislalia
(omissão, substituição, distorção ou acréscimo de sons
na palavra falada – causa á ser investigada),
disartrias(dificuldade na articulação de palavras -
causa a ser investigada-) ou alterações e ritmos.
Ainda dentro da linguagem: leitura e escrita: escrita espelhada;
dificuldades na habilidade construtiva; interpretação do que lê e escreve.
São situações avaliativas informais que vai de encontro com as avaliações
formais da escrita, leitura e interpretação (inclusive de gravuras e desenhos);
como exemplo uma leitura de um conto de fadas, pelo aluno ou pelo avaliador,
se o aluno não domina a leitura e a escrita.
Comunicação com o Avaliador
Atividade verbal – devem ser observadas em termos de quantidade e
velocidade de forma que o
pedagogo possa ser identificar como responsiva, não espontânea,
detalhistas, monossilábica, gestual...
A verbalização pode ser rápida, lenta
tensa, hesitante, emotiva, forte, sussurrada, indistinta, incoerente,
inaudível, expressões repetitivas, como “mais ou menos”, “as vezes”;
podem ser incluídos problemas da fala como gagueira e tiques vocais,
como ecolalia.
Estes fatores são importantes, quando analisados e compilados
pelo pedagogo na introdução, em seguida os dados relevantes da anamnese,
no relatório que, após a conclusão, caso seja necessário será
encaminhado à um ou mais profissionais da saúde (oftalmologista,
fonoaudiólogo, psicólogo, neurologista…), pois são informações
importantes. Veja como estes fatores podem ser encadeados
na introdução de um relatório pedagógico com fins de
há um o passo a passo de um relatório (formação do texto),
com as informações obtidas encadeadas.
Imagens: google
Fonte de Pesquisa
Transtornos da Aprendizagem – Abordagem Neurobiológica e Multidisciplinar -
Rotta, Newra Tellechea; Ohlweiller,Lygia; Riesgo, Rudimar dos Santos Artmed Editora
S/A- 2007
Rotta, Newra Tellechea; Ohlweiller,Lygia; Riesgo, Rudimar dos Santos Artmed Editora
S/A- 2007
avaliacao-pedagogica-hipotese_5.html
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